segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os corações não são iguais

Você tem o tempo que quiser
De você aceito o que vier
Menos solidão
Me promete tudo outra vez
Na esperança louca de um talvez
Me basta a ilusão
Só te peço o brilho de um luar
Eu só quero um sonho pra sonhar
Um lugar pra mim
Eu só quero um tema pra viver
Versos de um poema pra dizer
Que eu te aceito assim
O que eu sei é que jamais vou te esquecer
Eu me agarro nessas fantasias pra sobreviver
Eu não sei se estou vivendo de emoção
Mas invento você todo dia pro meu coração

Deixe saudade e nada mais
Por que é que os corações não são iguais
Diga que um dia vai voltar
Pra que eu passe minha vida inteira me enganando
Deixe saudade e nada mais
Por que é que os corações não são iguais
Diga que um dia vai voltar
Pra que eu passe minha vida inteira te esperando

O que eu sei é que jamais vou te esquecer..

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Homem Perfeito



Não existe homem fiel. Você já pode ter ouvido isso algumas vezes, mas afirmo com propriedade. Não é desabafo. É palavra de homem que conhece muitos homens e que conhecem, por sua vez, muitos homens. Nenhum homem é fiel, mas pode estar fiel (ou porque está apaixonado (algo que não dura muito tempo - no máximo alguns meses - nem se iluda) ou porque está cercado por todos os lados (veremos adiante que não adianta cercá-lo (isso vai se voltar contra você)..A única exceção é o crente extremamente convicto.Se você quer um homem que seja fiel, procure um crente daqueles bitolados, mas agüente as outras conseqüências. Não desanime. O homem é capaz de te trair e de te amar ao mesmo tempo. A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia. Não é como a da mulher. Mulher tem que admirar para trair; ter algum envolvimento. O homem só precisa de uma banda. A mulher precisa de um motivo para trair, o homem precisa de uma mulher. Não fique desencantada com a vida por isso. A traição tem seu lado positivo. Até digo, é um mal necessário. O cara que fica cercado, sem trair, é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui (isso mesmo, o desempenho com a esposa diminui), ele fica mal da cabeça. Entenda de uma vez por todas: homens e mulheres são diferentes. Se quiser alguém que pense como você, vire lésbica (várias já fizeram isso e deu certo), ou case com um gay enrustido que precisa de uma mulher para se enquadrar no modelo social. Todo ser humano busca a felicidade, a realização. E a realização nada mais é do que a sensação de prazer (isso é química, está tudo no cérebro). A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal, com a segurança de ter uma família estruturada e saudável, com um bom homem ao lado que a proteja e lhe dê carinho. O homem é mais voltado para a profissão e para a realização pessoal e a realização pessoal dele vêm de diversas formas: pode vir com o sentimento de paternidade, com uma família estruturada etc. Mas nunca vai vir se não puder ter acesso a outras fêmeas e se não puder ter relativo sucesso na profissão. Se você cercar seu homem (tipo, mulher que é sócia do marido na empresa), o cara não dá um passo no dia-a-dia (sem ela) você vai sufocá-lo de tal forma que ele pode até não ter espaço para lhe trair, mas ou seu casamento vai durar pouco, ele vai ser gordo (vai buscar a fuga na comida) e vai ser pobre (por que não vai ter a cabeça tranqüila para se desenvolver profissionalmente (vai ser um cara sem ambição e sem futuro). Não tente mudar para seu homem ser fiel. Não adianta. Silicone, curso de dança sensual, se vestir de enfermeira etc... Nada disso vai adiantar. É lógico que quanto mais largada você for, menor a vontade do homem de ficar com você e maior as chances do divórcio. Se perfeição adiantasse, Julia Roberts não tinha casado três vezes. Até Gisele Bündchen foi largada por Di Caprio. Não é você que vai ser diferente (mas é bom não desanimar e sempre dar aquela malhadinha). O segredo é dar espaço para o homem viajar nos seus desejos (na maioria das vezes, quando ele não está sufocado pela mulher, ele nem chega a trair, fica só nas paqueras, (troca de olhares). Finja que não sabe que ele dá umas pegadas por fora. Isso é o segredo para um bom casamento. Deixe ele se distrair, todos precisam de lazer. Se você busca o homem perfeito, pode continuar vendo novela das seis. Eles não existem nesse conceito que você imagina. Os homens perfeitos de hoje são aqueles bem desenvolvidos profissionalmente, que traem esporadicamente (uma vez a cada dois meses, por exemplo), mas que respeitam a mulher, ou seja, não gastam o dinheiro da família com amantes, não constituem outra família, não traem muitas vezes, não mantêm relações várias vezes com a mesma mulher (para não criar vínculos) e, sobretudo, são muuuuuito discretos: não deixam a esposa e nem ninguém da sua relação, como amigas, familiares saberem. Só, e somente só, um amigo ou outro dele deve saber, faz parte do prazer do homem contar vantagem sexual. Pegar e não falar para os amigos é pior do que não pegar. As traições do homem perfeito geralmente são numa escapolida numa boite, ou com uma garota de programa (usando camisinha e sem fazer sexo oral nela), ou mesmo com uma mulher casada de passagem por sua cidade. O homem perfeito nunca trai com mulheres solteiras. Elas são causadoras de problemas. Isso remete ao próximo tópico. Esse tópico não é para as esposas, é só para as solteiras e amantes. Esqueçam de uma vez por todas esse negócio de que homem não gosta de mulher fácil. Homem adora mulher fácil. Se 'der' de prima então, é o máximo.Todo homem sabe que não existe mulher santa. Se ela está se fazendo de difícil ele parte para outra. A oferta é muito maior do que a procura. O mercado está cheio de mulher gostosa. O que homem não gosta é de mulher que liga no dia seguinte. Isso não é ser fácil, é ser problemática (mulher problema). Ou, como se diz na gíria, é pepino puro. O fato de você não ligar para o homem e ele gostar de você não quer dizer que foi por você se fazer de difícil, mas sim por você não representar ameaça para ele.Ele vai ficar com tanta simpatia por você que você pode até conseguir fisgá-lo e roubá-lo da mulher. Ele vai começar a se envolver sem perceber. Vai começar a te procurar. Se ele não te procurar, era porque ele só queria aquilo mesmo. Parta para outro e deixe esse de stand by. Não vá se vingar, você só piora a situação e não lucra nada com isso. Não se sinta usada, você também fez uso do corpo dele – faz parte do jogo; guarde como um momento bom de sua vida. 90% dos homens não querem nada sério.Os 10% restantes estão momentaneamente cansados da vida de balada ou estão ficando com má fama por não estarem casados ou enamorados; por isso procuram casamento. Portanto, são máximas as chances do homem mentir em quase tudo que te fala no primeiro encontro (ele só quer te comer, sempre). Não seja idiota, aproveite o momento, finja que acredita que ele está apaixonado, dê logo para ele (e corra o risco de fisgá-lo) ou então nem saia com ele. Fazer doce só agrava a situação. Estamos em 2007 e não em 1957. Esqueça os conselhos da sua avó, os tempos são outros. Para ser uma boa esposa e para ter um casamento pelo resto da vida faça o seguinte:Tente achar o homem perfeito, dê espaço para ele.Não o sufoque. Ele precisa de um tempo para sua satisfação. Seja uma boa esposa, mantenha-se bonita, malhe, tenha uma profissão (não seja dona-de-casa), seja independente e mantenha o clima legal em casa. Nada de sufocos, de 'conversar sobre a relação', de ficar mexendo no celular dele, de ficar apertando o cerco etc. Você pode até criar 'muros' para ele, mas crie muros invisíveis e não muito altos. Se ele perceber ou ficar sem saída, vai se sentir ameaçado e o casamento vai começar a ruir. Se você está revoltada por este texto, aqui vai um conselho: vá tomar uma água e volte para ler com o espírito desarmado. Se revoltar com o que está escrito não vai resolver nada em sua vida. Acreditar que o que está aqui é mentira ou exagero pode ser uma boa técnica (iludir-se faz parte da vida, se você é dessas, boa sorte!). Mas tudo é a pura verdade. Seu marido/noivo/namorado te ama, tenha certeza, senão não estaria com você, mas trair é como um remédio; um lubrificante para o motor do carro. Isso é científico. O homem que você deve buscar para ser feliz é o homem perfeito. Diferente disso, ou é crente, ou gay ou tem algum trauma (e na maioria dos casos vão ser pobres). O que você procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que você pode achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que você nunca vai encontrar.
Espero ter ajudado em alguma coisa.

Arnaldo Jabor

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Estória de Nós dois...


Texto que li no blog Dias Confusos e adoreiii!

Às vezes falamos as grandes verdades, mas muitas vezes as pequenas são mais importantes. Eles decidiram falar TODAS as verdades. Isto implica xingar, quando com vontade; confessar que está carente, ou que o coração disparou antes de falar com ela; falar o que for, independentemente das conseqüências. Falar e FAZER a verdade.

Decidiram mostrar-se por inteiro. Mas isto trouxe conseqüências. Imprevistas.
Falar toda a verdade é entregar-se totalmente. Talvez por isto tantas pessoas digam que preferem que o outro diga a verdade, seja ela qual for. Mas pedir a verdade plena é escravizar o outro por completo. Retira-lhe um direito básico, talvez um dos mais importantes, o de se esconder. Desnuda o outro por completo. Mas, neste caso, não foi pedida a verdade, foi uma decisão conjunta. As pessoas dizem preferir a verdade que a felicidade. Preferir saber tudo que viver ilusoriamente. Sempre desconfio quando alguém diz isto. Quando a verdade começa a aparecer, fogem dela. Mas foi uma decisão conjunta. Só que eles não estavam totalmente preparados para a verdade. Para escutar e sobreviver a todas as pequenas verdades.
Porque aconteceu o seguinte: ao entregarem-se por inteiro, sentiram-se muito vulneráveis. Porque as outras pessoas, ao redor, mentem. Contamos cerca de 200 mentiras por dia, pequenas ou grandes. Um “bom dia” já é uma mentira. Então, ao darem toda a verdade, perceberam que passaram a parecer, ao outro, menos atraentes, mais problemáticos, que as outras pessoas. As pessoas mostram apenas o ouro, tentam esconder a terra. E eles tinham muito ouro, mas também muita terra. Terra embaixo da unha, poeira no cabelo, as solas dos pés sujas, cascão nas costas. Nada muito belo.
Surgiu então a insegurança. Dando-se tanto, veio o medo de perder, e isto trouxe a possessividade. Como nunca. Dando-se tanto, veio à tona a cobrança por algo mais, a cobrança de que o outro fosse tudo o que sempre se desejou. Mas a verdade do outro também vindo à tona, perceberam um que o outro não era bem apenas o ouro que antes aparentava. Veio a raiva. Como nunca.
Pela primeira vez surgiram grandes discussões. Pela primeira vez ela quis bater nele. Pela primeira vez, ele mandou ela ir se foder. E se afastavam, irados, até que um cedia, quebrava o gelo, engolia o orgulho. E então se amavam como se fosse a última vez.

Mordiam-se quase até arrancar o sangue do outro. E faziam juras de amor infinito.
Que durava até a próxima pequena contrariedade que um no outro provocava. Porque um não havia sido “feito para o outro”. Porque eram livres para serem si mesmos, e não queriam deixar de ser. E se irritavam com a liberdade do outro ser quem era. Sem disfarces, sem meias-verdades.
Mas toda a raiva compensava. Porque um não queria ser perdido do outro (não existe isto de “perder alguém”). E porque, masoquistamente, descobriram que as noites compensavam. A fúria transformava-se em um desejo estranho, incontrolável, e o prazer era incomparável.
Eles entregavam-se a outros desejos, com outras pessoas. Um perguntava-se qual seria a diferença do prazer que proporcionava ao outro, comparado com outras pessoas. Mas a resposta vinha do próprio desejo que experimentava com o outro, comparado com outras pessoas. Quando estavam com outros, era bom, isto é inegável. Mas era menos. Porque no dia seguinte não queriam nem saber se a outra pessoa ligou ou não, ou onde estava, com quem estava. Mas no caso dos dois, não. Um telefonema não recebido era motivo para ciúmes, irritação, para passar o dia desconcentrado, desconcertado. Era motivo, para, quando se encontravam, se atracarem em gritos e adrenalina. E depois, bem depois, dormiam juntos, agarradinhos.
Desconfio até que começaram achar isto melhor que a paz, que um relacionamento compreensivo e feliz. Insistiam em não compreender um ao outro, insistiam em querer ser tido totalmente um pelo outro (porque não existe isto de “ter alguém”). Compreendiam perfeitamente ass outras pessoas, todos os grandes defeitos, até as mentiras. Mas um não aceitava um pequeno deslize do outro. Escravizaram-se nesta vida. Voluntariamente. E, como disse, desconfio que intencionalmente. Viciaram-se na luta. No fundo sabiam que era uma luta inútil. Sabiam que não conseguiriam um mudar o outro, nem mesmo aceitá-lo. Sabiam que passariam a vida com ciúmes, sabiam que o outro não cederia. Mas, de certa forma, nem desejavam mesmo isto. Acabaria a graça. A guerra fazia mais sentido. Como qualquer guerra, dispensável. Como qualquer guerra, indispensável.



#Nowplaying - Quando eu te encontrar - Biquini Cavadão

domingo, 16 de maio de 2010

Encerrando Ciclos


Sempre é preciso saber
quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela
mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria
e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos,
fechando portas,
terminando capítulos,
não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado
os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo
se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo
que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões
que levaram certas coisas,
que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude
será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa,
seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos,
virando a folha,
seguindo adiante,
e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo
no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará:
não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios,
filhos que se sentem culpados
ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem
noite e dia
uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam
e o melhor que fazemos
é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante
(por mais doloroso que seja!)
destruir recordações,
mudar de casa,
dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível
é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração
e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço
para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando
nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo,
não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio,
que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional
e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda:
isso o estará apenas envenenando
e nada mais.

Não há nada mais perigoso
que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego
que não têm data marcada para começar,
decisões que sempre são adiadas
em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo
é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,
jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época
em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa...
Nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio,
pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante.

Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho,
por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente
aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta,
mude o disco,
limpe a casa,
sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Paulo Coelho

Por que estou sentindo uma necessidade enorme de mudar, de apagar lembranças, de jogar coisas que já não me serve mais fora, inclusive sentimentos!
bejinhos =*
Jéssika Benvinda

sábado, 15 de maio de 2010

é que eu preciso dizer que te amo!

Já fui de esconder o que sentia, e sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, e às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais
com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento.
Assisti ao filme Mentiras sinceras com uma pontinha de decepção - os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco. Nos
momentos finais, no entanto, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração. Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar alguém de seus fantasmas e, libertando-o, abrir uma possibilidade de tê-lo de volta, mais inteiro.
Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é esse tipo de nudez que nos atrai.
Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente, se sabe.
Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados.
Tão banal, não?
E no entanto essa banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por
que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ela é - ou foi
- importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.
A maioria das relações - entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos - se ampara em mentiras parciais e verdades pela metade. Pode-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentes, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem ter a delicadeza de fazer a aguardada declaração que daria ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade. Parece que só conseguimos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois.
Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós - e este "a nós" inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos "eu te perdôo", "eu te compreendo", "eu te aceito como és" e o nosso mais profundo "eu te amo" - não o "eu te amo" dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o "eu te amo" que significa: "Seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo".
Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

Martha Medeiros


#NowPlaying - Cazuza - Preciso dizer que te amo

'Hoje estou só melancolia e saudade...' =*


Jéssika Benvinda

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Deslizes


Música que basicamente diz muito sobre que tõ sentindo agora!
Deslizes - Fagner

Não sei porquê Insisto tanto em te querer Se você sempre faz de mim O que bem quer Se ao teu lado Sei tão pouco de você É pelos outros que eu sei Quem você é... Eu sei de tudo Com quem andas, aonde vais Mas eu disfarço o meu ciúme Mesmo assim Pois aprendi Que o meu silêncio vale mais E desse jeito eu vou trazer Você pra mim... E como prêmio Eu recebo o teu abraço Subornando o meu desejo Tão antigo E fecho os olhos Para todos os teus passos Me enganando Só assim somos amigos... Por quantas vezes Me dá raiva de querer Em concordar com tudo Que você me faz Já fiz de tudo Prá tentar te esquecer Falta coragem prá dizer Que nunca mais... Nós somos cúmplices Nós dois somos culpados No mesmo instante Em que teu corpo toca o meu Já não existe Nem o certo, nem errado Só o amor que por encanto Aconteceu... E é só assim Que eu perdôo Os teus deslizes E é assim o nosso Jeito de viver E em outros braços Tu resolves tuas crises Em outras bocas Não consigo te esquecer Te esquecer...

#NowPlaying

Caminhos


Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto. E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro. Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.

Marla de Queiroz


#NowPlaying Nando Reis - Dessa Vez



Chuva


Quarta- feira a noite, quando o encontrei ele fingiu me ignorar, fiquei brava,mas depois ele me pegou com força e me deu um beijo, mas um beijo tão bom, tão intenso, que saudades que eu estava. a noite estava chuvosa,estavamos no carro voltando pra casa, quando ele falou amar dirigir com chuva, disse que o fazia lembrar de filmes que assistia, cenas de uma criancinha no carro vendo a chuva passar, rsrsrs. Lembrei imediatamente de uma das minhas cenas favoritas do filme 'Diário de uma paixão'. E pensei como queriiia viver isso! pode parecer bobagem, mas eu sou completamente apaixonada por ele,e ao pensar nisso lembrei da na nossa incostancia, isso me deixou ligeiramente muda, pensativa, ele chegou a pensar que eu nã estava ali, mas eu estava e só pensava em nós dois, e em tudo que eu queria nesse momento. Por um momento fraquejei, quis desistir da gente, nem queria se quer o beijar, mas quando lembrei daquele beijo, da sede que eu estava dele, me deixei levar. Acho perfeito o nosso amor, mesmo que seja assim, a toa, no meio de qualquer lugar, pra mim é revigorante, me dá vontade de viver mais, de querer mais.

#NowPlaying: Sentimental - Los Hermanos